Este é o ponto final deste blog.
Um projeto e uma etapa de nossas vidas que foram cumpridos e, enfim, chegam ao seu termo.
É tempo de ir adiante. Tempo de respirar outros ares, experimentar novos meios de dizer o que não foi dito e de dizer à exaustão o que desde sempre foi exclamado e tem erigido mulheres e homens de peito aberto para o mundo nessa tarefa absurda de dizê-lo, transliterá-lo nesses caracteres cheios de história de uma língua apodrecida pela burocracia que deu à luz, no campo de batalha e de conquista, outra língua, inculta e bela, rude e bela, difícil e bela: a língua portuguesa.
Mundo esfíngico.
Há tempos esse mundo nos chama, àqueles de olhos e corações abertos para o seu cotidiano encantamento, a decifrá-lo, a respondê-lo e a perseverar, acima de tudo, na “luta vã” que é a de empunhar verbos e substantivos cheios de qualquer solidez ou imaterialidade no dizer e redizer da palavra, do verso, da oração, das orações, das mãos unidas em desespero a clamar ao que se crê a resposta.
Decifra-me, pede-nos o mundo.
Em busca disso, nos despedimos, a flor, o cacto, Nadya, eu (Geraldo), nossas poucas palavras e muito do que não virou palavra, que virou algo entre a matéria e o sonho, algo entre nós que nunca irá estancar: nossa seiva.
Fica aqui um forte abraço e o convite a visitarem, vez por outra, nossos blogs:
www.outraliteratura.blogspot.com (de Nadya) e www.ojardiminvisivel.blogspot.com (de Geraldo)
Geraldo Jr.
13/10/2011
As personagens e situações aqui presentes pertencem à ficção. Não se referem, portanto, a pessoas ou fatos reais e não emitem sobre eles quaisquer opiniões.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Travessia norturna
Eis que surpreso atravesso a noite
A noite em que não imaginei caminhar
A noite em que não imaginei imaginar
Eis que uma luz assemelha-se aos meus passos
Lado a lado
Vamos
Eis que tudo era nada
E o vazio
Tomava
Tomava
Tomava conta
Da minha caminhada
Os sinais sem reflexão
A falta de Lua à noite
A falta de Luz nos dias
Que viriam depois
A noite em que não imaginei caminhar
A noite em que não imaginei imaginar
Eis que uma luz assemelha-se aos meus passos
Lado a lado
Vamos
Eis que tudo era nada
E o vazio
Tomava
Tomava
Tomava conta
Da minha caminhada
Os sinais sem reflexão
A falta de Lua à noite
A falta de Luz nos dias
Que viriam depois
O estilhaço nu
Há pedaços do homem por todos os lados
Há pedaços de nós em fragmentos de tempos,
tudo o que nos vem à mente...
Quantos sonhos, quantas vidas
quantos sorrisos em vozes e
formas que ninguém mais viu...
A serenidade das noites ao seu lado
o furor de lábios apaixonados
a aurora insistindo em aparecer....
Dia após dia...
Semana a semana...
Há pedaços de mim por aqui
Há pedaços seus espalhados sobre meu peito
na insegura noite, quis te segurar
Para sempre
Há pedaços de nós em fragmentos de tempos,
tudo o que nos vem à mente...
Quantos sonhos, quantas vidas
quantos sorrisos em vozes e
formas que ninguém mais viu...
A serenidade das noites ao seu lado
o furor de lábios apaixonados
a aurora insistindo em aparecer....
Dia após dia...
Semana a semana...
Há pedaços de mim por aqui
Há pedaços seus espalhados sobre meu peito
na insegura noite, quis te segurar
Para sempre
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