A Flor ou o Cacto, eles me perguntam. Ora, é possível dizer de nós, seres humanos, complexos e não-lineares, cactos ou flores? A resistência e rusticidade de um não anulam a fragilidade e delicadeza do outro. Há momentos em que acordamos flor e dormimos cacto, como o contrário também é verdadeiro.
A Flor e o Cacto, portanto, não são dois, mas um. Partes complementares, dois lados de uma mesma moeda. Ou deveriam ser. É por isso que venho me despedir desse blog. Falta-nos a devida unicidade, a conjunção que a natureza soube fazer tão bem. Tenho certeza, porém, de que o Geraldo continuará escrevendo com o lirismo e a dureza inerentes a todo ser humano, mas que, como poucos, sabe expressar tão bem.
Aproveito para deixar o link de meu novo blog: http://outraliteratura.blogspot.com
Grande beijo aos amigos,
Nadya
As personagens e situações aqui presentes pertencem à ficção. Não se referem, portanto, a pessoas ou fatos reais e não emitem sobre eles quaisquer opiniões.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Uma aprendizagem
(À Clarice Lispector)
Começastes
Vírgula imbecil
Gritava eu desesperadamente em busca da capitular.
Tiraste-me o início dos olhos, capital e modelar.
Trevava em sangue minha crise em veias alheias a meu coração.
Não sinto
Nada vejo como antes
Terminastes, bandida de certezas inúteis,
Com dois pontos
Verdadeiro e único olhar:
Começastes
Vírgula imbecil
Gritava eu desesperadamente em busca da capitular.
Tiraste-me o início dos olhos, capital e modelar.
Trevava em sangue minha crise em veias alheias a meu coração.
Não sinto
Nada vejo como antes
Terminastes, bandida de certezas inúteis,
Com dois pontos
Verdadeiro e único olhar:
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