Depois de longa estiagem, um novo texto.
Antes de tudo, porém, eu gostaria de tornar pública minha admiração e incompreensão das grandezas que envolvem Cactos e Flores e que envolvem Flores e Cactos.
Expressa essa incompreensão, necessito de expressar minha contemplação absoluta do fato em si e de como ele diz, somente só, alheio aos fenomenólogos... somente... sem Kafka, Paulo Coelho ou Jorge Amado...
Aqui estou. Aqui vivo. Aqui sinto. Aqui vejo um Cacto ter uma Flor e vez ou outra uma Flor ter um Cacto.
Dois minutos bastam.
Quem tem quem?
Abstraio a questão. Aliás, esqueço-me da questão. Aliás,
Têm-se e são assim, quase Caeiros sem fim, sem morte, sem dor, sem tuberculose.
Cactos não têm frio (e se o têm não demonstram) e Flores vivem assim, como quem voltará um dia. Para sempre.
Cactos e Flores, Flores e Cactos são mais do que assim...
Palavras e plantas e raízes e palavras...
Cactos e Flores, Flores e Cactos são
São para sempre.
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