sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Primavera de 2009

Depois de longa estiagem, um novo texto.

Antes de tudo, porém, eu gostaria de tornar pública minha admiração e incompreensão das grandezas que envolvem Cactos e Flores e que envolvem Flores e Cactos.

Expressa essa incompreensão, necessito de expressar minha contemplação absoluta do fato em si e de como ele diz, somente só, alheio aos fenomenólogos... somente... sem Kafka, Paulo Coelho ou Jorge Amado...

Aqui estou. Aqui vivo. Aqui sinto. Aqui vejo um Cacto ter uma Flor e vez ou outra uma Flor ter um Cacto.

Dois minutos bastam.

Quem tem quem?

Abstraio a questão. Aliás, esqueço-me da questão. Aliás,

Têm-se e são assim, quase Caeiros sem fim, sem morte, sem dor, sem tuberculose.

Cactos não têm frio (e se o têm não demonstram) e Flores vivem assim, como quem voltará um dia. Para sempre.

Cactos e Flores, Flores e Cactos são mais do que assim...

Palavras e plantas e raízes e palavras...

Cactos e Flores, Flores e Cactos são

São para sempre.

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